segunda-feira, 22 de março de 2010

Tipos de cèlulas e Teoria cèlular

A TEORIA CELULAR

Citologia (do grego kytos, 'célula' e logos, 'tratado', 'estudo') é aparte da Biologia que se ocupa do estudo da célula, no que diz respeito á sua estrutura, suas funções e sua importância na complexidade dos seres organizados.

Enquanto não se inventou o microscópio o homem não sabiam que as células existiam. Os gregos antigos — particularmente Aristóteles — conheciam relativamente bem os órgão dos seres vivos, mas desconheciam totalmente aquelas partículas elementares, embora alguns supusessem que deviam existir.

Hoje sabe-se que todos os seres vivos são formados de minúsculas partículas chamadas células. Alguns tipos de células podem ser vistos a olho nu, mas em sua maioria absoluta só são vistos através de um microscópio.

O descobridor das células foi Robert Hooke, que, observando cuidadosamente um pedaço de cortiça, em 1665, notou uma membrana dura. Robert Hook descreveu a estrutura da cortiça como semelhante a um favo de mel, composta por pequenos compartimentos, que ele batizou de "células". Seu microscópio, no entanto, desenvolvido por ele mesmo, era ainda muito rudimentar para aprofundar a descoberta. Na mesma época, outro microscopista, Nehemias Grew, observou atentamente tecidos vegetais e reconheceu que eram de natureza "esponjosa", isto é, constituído de células como "vesículas". Mais tarde, em 1676, usando outro microscópio, Anthony van Leeuwenhoek, na Holanda, conseguiu observar, pela primeira vez, uma série de células vivas: bactérias, glóbulos vermelhos do sangue, espermatozóides e protozoários.

A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839, po Schleiden e Schwann. Através de suas observações, esses dois cientistas concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células. Assim, desenvolveu-se a citologia (ciencia que estuda as células), importante ramo da Biologia. Em 1858, o patologista Rudolf Vircow enfatizou que a continuidade dos organismos vivos depende das células: "... todas as células provêm de células preexistentes". Assim ficava ampliada e complementada a teoria celular de Schleiden e Schwann. Esta nova generalização implicava evidentemente continuidade genética transferida de uma célula para outra.



MICROSCÓPIO ELETRÔNICO

Uma verdadeira revolução no estudo da Citologia vem ocorrendo de 1946 para cá, ano em que o microscópio eletrônico começou a ser utilizado para observação das células. Pode-se dizer que há duas eras na Citologia, bem distintas: a era anterior e a posterior à microscopia eletrônica. Por usar feixes de elétrons, e não luz, o poder de resolução da microscopia eletrônica aumentou bastante. As ampliações máximas conseguidas pelo microscópio óptico não passam de 1 500 aumentos. O microscópio eletrônico permite ampliações de até 200 000 vezes. Muitos orgânulos novos foram descobertos; muitas idéias sobre orgânulos já conhecidas foram reformuladas. Nos últimos anos, o microscópio eletrônico de varredura permitiu a observação da superfície de certas estruturas, proporcionando assim uma visão tridimensional do objeto, diferentemente do microscópio eletrônico tradicional, que só permite a observação de cortes finíssimos da estrutura estudada.



O TEMPO DE VIDA DE UMA CÉLULA

A longevididade de uma célula é muito variável conforme a espécie. No organismo humano, há células que duram muitos anos. Algumas têm a sua duração contada em dias. Outras acompanham o indivíduo pot toda a vida, do nascimento à morte. Sob esse ponto de vistas, as células são classificadas em lábeis, estáveis e permanentes.

Células lábeis: são células de curta duração. De modo geral, não se agrupam de forma fixa na organização dos tescidos, não se reproduzem e resultam de diferenciação rápida de células indiferenciadas de origem embrionária. Como tal , se classificam os gametas (duram dois ou três dias) e as hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue (no máximo 120 dias).
Células estáveis: constituem a grande maioria dentre as numerosas variedades celulares do nosso organismo. São células que se diferenciam durante o desenvolvimento embrionário e depois mantêm um ritmo constante de multiplicação. Assim ocorre com as fibras musculares lisas e os diversos tipos de células epiteliais e conjuntivas. Podem duram meses ou anos. As células dos vegetais também se classificam nesse grupo.
Células permanentes: resultam de uma diferenciação celular muito precoce no embrião. Duram toda a vida. Atingem alto grau de especialização. Por isso, depois de concluída a formação embrionária, perdem a capacidade de reprodução. É o que se verifica com as fibras musculares estriadas e com os neurônios. Não há renovação dessas células nos organismo depois do nascimento. Por isso mesmo, são inviáveis os transplantes de coração.


AS MENORES CÉLULAS VIVAS

A menores células viventes correspondem aos microorganismos do tipo PPLO( pleuro-pneumonia like organisms), isto é, "organismos semelhantes aos da pleuropneumonia". Os PPLO possuem apenas uma membrana liprotéica e uma massa colidal contendo um DNA longo, moléculas de RNA, proteínas e ribossomos. Os menores PPLO atingem dimensões inferiores às do vírus. Mas podem crescer e se tornar maiores do que muitas bactérias.

Esse microrganismos são classificados no gênero Mycoplasma e são todos parasitas, determinando doenças pulmonares e renais. Podem ser cultivados fora de células e nisso diferem dos vírus, que só se reproduzem no interior de células vivas. Situam-se entre os seres de organização celular mais primitiva. Exemplo: Mycoplasma gallisepticum, mil vezes menor que uma ameba, medindo cerca de 100 nm (nanômetros) apenas.



O conceito de célula

Assim, fica claro para nós hoje que quase todos os seres vivos são formados por células. Muitos seres vivos são constituídos de uma única célula isolada, como os protozoários. Os demais seres, entretanto, são pluricelulares (formados de muitas células). Eles também nascem de uma única célula, mas a célula inicial divide-se depois em várias outras, que também se subdividem. À medida que elas se multiplicam, em diferentes etapas do desenvolvimento, as células resultantes vão se tornando diferentes umas das outras, formando tipos com funções específicas.

O organismo dos mamíferos, por exemplo, é constituído por vários conjuntos de células diferentes que forma grupos de tecidos orgânicos. Entre os tecidos mais importantes estão os que compõem os músculos, os ossos, a pele e os nervos.

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